domingo, julho 30, 2006

A Resposta...

Começemos pelo início...

«(...) E discordo pelo mesmo simples motivo que leva as pessoas a terem animais de estimação e a abandona-los de seguida Modas.»

Bem...primeiro que tudo, a questão que aqui está em jogo é bem clara julgo eu e pessoalmente acho que o abandono de animais de estimação (apesar de também ser uma questão pertinente) nem sequer faz sentido de ser aqui chamado para o debate. Também discordo de que esse fenómeno ocorra por simplesmente uma questão de modas. Acontece sim porque muitas pessoas não têm qualquer tipo de respeito pelos animais e vêm-nos apenas como acessórios de andar por casa, dos quais se podem descartar com a maior das facilidades. O único ponto em comum que pode existir entre o abandono de animais e touradas, quanto a mim, é realmente o factor do desrespeito e a objectificação do animal. Isto é, a redução do estatuto do animal a objecto que podemos usar, abusar, abandonar, torturar, entre outras coisas, a nosso belo prazer e consoante as nossas motivações egoístas.

«A Tauromaquia, e a tourada em particular, é e sempre foi uma arte, mas como em todas as artes, existem aqueles que gostam, os que repudiam, e os que seguem as modas (...) Arte é uma palavra muito subjectiva e não podes afirmar que as touradas não o são, apenas com o único argumento de não as compreenderes! Estás a cometer um erro crasso ao confundir a palavra arte com "coisas-que-os-homens-fazem-e-que-para-além-de-serem-bonitas-
fazem-sonhar". Um simples processo de soldadura ou de serralharia é considerado arte para quem está no meio e a compreende!»

Ora aí é que te enganas... Hoje em dia, por alguma razão estranha as pessoas decidiram tornar-se todas adeptas do relativismo. Ou seja, tudo é subjectivo. Tudo tem de ser aceite e respeitado como válido. Não existem coisas boas ou más. Apenas diferentes. Neste caso, se alguém apanhar uma bosta de cão do chão e disser que é arte, podemos apreciá-la ou não, mas como o conceito de arte é demasiado subjectivo, não podemos afirmar que até uma bosta de cão não é arte. Pois bem...mas a realidade não é totalmente subjectiva. Quanto a mim, existem aspectos da realidade até muito objectivos e aspectos que por vezes são comuns a várias pessoas e culturas. Portanto...não. A arte não é um conceito-demasiado-subjectivo. A arte tem sem dúvida, um leque alargado de subjectividade...mas...isso não implica que tudo é arte...nem que esta se baseia apenas no facto de alguém achar algo estético (posso achar uma bosta de cão incrivelmente estética e no entanto isso não é arte). Não. A arte têm critérios. Por exemplo, no caso da bosta de cão, esta não pode ser considerada arte porque não demonstra um alto nível de desempenho ou fluência de um agente criativo num dado contexto de criação artística. É simplesmente uma consequência natural do funcionamento do organismo do cão. A bosta é simplesmente uma bosta.
Agora...actos defectórios aparte. Dizes a determinado ponto que confundi arte com "coisas-que-os-homens-fazem-e-que-para-além-de-serem-bonitas-
fazem-sonhar".
Discordo por completo...com todo o respeito, mas apenas uma pessoa que não aprecia arte pode dizer tal coisa. A arte por vezes não tem necessariamente o intuito de ser bela no sentido convencional, mas sim estética. A arte muitas vezes não tem o intuito de fazer as pessoas sonhar, mas sim o intuito de passar algo. Quer seja, uma mensagem explícita, uma provocação, uma essência, entre muitas outras coisas. A arte vale por si só. O objectivo último desta não é por as pessoas a sonharem acordadas, mas sim, apelar à contemplação.
Agora...tal como qualquer objecto não pode ser aleatoriamente considerado arte, muito menos as práticas tauromáquicas o podem ser. Arte não envolve o sofrimento de terceiros, quer sejam estes seres humanos ou seres de outras espécies. A arte deve ter uma barreira essencial, que é o bom senso e o sentido de humanidade, isto é, o respeito pela vida. Segundo o que percebi do teu prisma, também aqueles miúdos que há uns tempos, atearam fogo a um sem-abrigo só porque o acharam belo, estavam a fazer arte. Ou talvez também (e volto a repetir o exemplo) alguém que goste de ver mulheres a serem espancadas possa dizer que também essa prática é arte, apenas porque acha o acto estético. Aceito que alguém me diga que pessoalmente acha uma tourada estética. Agora, o que não aceito é que essa mesma pessoa eleve esse gosto mórbido ao estatuto de arte. Porque de facto, arte não tem nada a ver com isso. A melhor forma de eu encontro de categorizar o sentimento estético de se observar uma tourada, é e perdoem-me os apreciadores, nada mais nada menos, que simples fetichismo.

«(...) O que acontece neste caso específico das touradas, é que, enquanto que antigamente eram vistas por apreciadores verdadeiros e por todos aqueles que se sentiam obrigados a apreciar para se integrarem numa sociedade aficionada, actualmente são poucos os que admitem que gostam, ou que gostam mesmo, muito por culpa de uma sociedade muito mais "sensibilizada" com questões "da natureza e tal"»

Nesse aspecto também tenho que discordar de ti. Não nego que devem existir concerteza pessoas que não admitem que gostam de touradas por receio da impressão social que podem passar aos outros. Mas sinceramente e baseada naquilo que posso assistir. E diga-se, vivemos num meio em que posso assistir a esse tipo de fenómenos com alguma proximidade, como tu sabes...penso sinceramente que o caso é mais ao contrário. Vê-se por aí muito boa gente a tornar-se aficionada, sabe-se lá porquê (eu pessoalmente acho que à muita gente tem a necessidade se sentir que pertence a algo). Por estas bandas, observa-se sim uma maior adesão (especialmente pelas camadas mais jovens) à cultura tauromáquica e especialmente por razões, que como já disse, por vezes penso que não estarem directamente relacionadas com essa mesma cultura. Para referir um exemplo específico...é um contra-senso, pessoas que gostam de animais e têm horror ao que fazem a muitos animais na indústria das peles, irem todas contentes e airosas verem uma tourada. Para além disso...basta tu reparares na quantidade massificada pessoas de todos os estratos sociais e todas as faixas etárias na nossa bela terra que vão assistir às famosas largadas de touros na altura das festas. Eu e as mais cinco ou seis pessoas que ficam no jardim nessas alturas, devemos ser as únicas nesta terra inteira que se recusam a ver tal espectáculo.
Por último, em relação à sociedade mais "sensibilizada" com "questões da natureza e tal". Acho muito bem. Pois é uma sociedade sensibilizada com as questões da natureza que não só alerta à consciencialização acerca do fenómeno das touradas e o que este implica, bem como alerta para o crime que é abandonar animais de estimação.

Over and Out.

sábado, julho 29, 2006

Muuuuuuuuuuuito boas noites!

Olá a todos!!!
Um tipo acaba de regressar do seu retiro espiritual de 7 dias e qual não é o espanto, quando encontro este pequeno cyber-espaço, ao qual eu gosto de chamar muito carinhosamente de "pequenocyberespaçodoqualsoumestre" completamente on-fire!!!

A primeira coisa que me ocorreu, face a tamanha participaçao exterior(e quando digo exterior, refiro-me a pessoas que residam fora da Arruda, o que exclui logo a partida o Sr. Anónimo) foi :

"Ca raio!!! Queres ver que o raio da esquizofrénica tem um talento escondido pa arranjar clientela e não dizia nada???"

Felizmente para todos nós (e porque o negócio da familia da Dr.ª envolve caixões e carne morta) fui ver os mails e constatei que o segredo desta súbita adesão em massa a um blog que não diz nada de minimamente interressante para o mais comum dos mortais, incluindo os habitantes do Congo se deve a uma espécie de publicidade manhosa sob a forma de uma inofensível mensagem de correio electrónico.

Passando então a coisas sérias, e porque não existe nada mais importante do que as coisas sérias, vamos atão falar de bois e vacas!!!

E para começar, nada melhor do que dizer que discordo!
E discordo pelo mesmo simples motivo que leva as pessoas a terem animais de estimação e a abandona-los de seguida Modas.
Antes que me comecem a atacar por todos os lados, vou fundamentar este ponto de vista!
A Tauromaquia, e a tourada em particular, é e sempre foi uma arte, mas como em todas as artes, existem aqueles que gostam, os que repudiam, e os que seguem as modas...
Quero dizer com isto que a sociedade influencia muito as pessoas que nela se inserem, isso não é novidade nenhuma. Em qualquer tipo de arte (e não vou entrar por aqui, pois fazem-se coisas muito estranhas actualmente as quais se chama arte) existe quem gosta, e que considera essa actividade como arte pura e bela, quem detesta e se recusa a designa-la como tal, e os outros, que acham bem ou mal de acordo "com o que é socialmente correcto". O que acontece neste caso específico das touradas, é que, enquanto que antigamente eram vistas por apreciadores verdadeiros e por todos aqueles que se sentiam obrigados a apreciar para se integrarem numa sociedade aficionada, actualmente são poucos os que admitem que gostam, ou que gostam mesmo, muito por culpa de uma sociedade muito mais "sensibilizada" com questões "da natureza e tal"; uma sociedade que recrimina touradas, que impede a construção de acessos vitais para salvar ratos, que gasta mais dinheiro para fazer antenas que se pareçam com árvores, mas que continua a abandonar os animais de estimação!

Arte é uma palavra muito subjectiva e não podes afirmar que as touradas não o são, apenas com o único argumento de não as compreenderes! Estás a cometer um erro crasso ao confundir a palavra arte com "coisas-que-os-homens-fazem-e-que-para-além-de-serem-bonitas-
fazem-sonhar". Um simples processo de soldadura ou de serralharia é considerado arte para quem está no meio e a compreende!

Eu gosto de touradas. Não tenho vergonha nenhuma disso e respeito quem não gosta. Apenas não suporto esses defensores dos direitos dos animais que protestam só por protestar numa luta incessante para mostrar a crista nas cameras de televisão!!!

E acho que é tudo!

Saúde

segunda-feira, julho 24, 2006

O regresso da eremita?

Pois é...depois de escassos, mas desesperados pedidos de actualização deste blog, decidi finalmente dar por terminada a minha clausura e escrever neste espaço novamente. Não...não estive exilada em nenhum mosteiro budista no Tibete em retiro espiritual...também não tive continuamente colada ao ecrã de televisão durante o mundial de futebol...e muito menos estive a esturricar ao calor na praia (como o Sr. Borges está actualmente). Estive muito simplesmente, com muito trabalho...Sim, é verdade...não acreditam...pois bem, numa só palavra: exames. Penso não ser necessário dizer mais nada...

Ultimamente tem-se igualmente assistido neste blog, a uma espécie de mudança de curso do objectivo principal, que é basicamente o debater questões entre (principalmente) duas pessoas. Neste caso, o Exmo Sr. Borges e eu própria. Assim decidi escolher um tema bem interessante e polémico para o meu regresso...

Alguns chamam-lhe arte. Outros apelidam-na de tortura. Uns dizem que se trata de respeito e coragem. Já outros dizem que se trata do alimentar da irracionalidade humana. Falo mais precisamente de uma tradição relativamente antiga na nossa cultura, mais preponderantemente na cultura latina-ibérica...a tourada. Em termos pessoais orgulho-me de dizer que faço parte do segundo grupo de pessoas que falei anteriormente (os que apelidam a tourada de tortura e irracionalidade). E passo a explicar porque...ou aliás...passo a explicar as razões que me levam a dizer que as touradas não fazem qualquer tipo de sentido, muito menos serem consideradas uma forma de arte. Existem claro a meu ver mil e uma razões para justificar isso, vou tentar colocar as principais e tentar claro, não me esquecer de nenhuma. Falarei sobretudo de aspectos que estão mais relacionados com a corrida à portuguesa, por ser o exemplo que melhor conheço.

1) Um dos argumentos mais utilizados e mais idióticos que geralmente são utilizados pelos aficionados, é o de que as touradas são necessárias à sobrevivência do touro bravo, pois caso estas não existissem, o touro bravo não teria qualquer tipo de papel na natureza e seria assim desnecessária a sua existência. Ora bem...primeiro, este argumento é absolutamente falso. A carne de touro bravo é por exemplo vendida em talhos e é perfeitamente comestível, julgo ser um tipo de carne menos tenra...mas ainda assim, é perfeitamente comestível e comercializável. Segundo, é incrivelmente ego e antropocêntrico julgar que a sobrevivência ou não de um animal ou a sua importância na natureza é condicionada em função do Homem. Isto é...em função de ser ou não necessário ao Homem. Estes animais simplesmente existem e a sua existência não tem que servir necessariamente algum propósito da espécie humana. O problema é a maioria dos seres humanos acharem que estão de alguma forma acima da cadeia animal, não se lembrando de que somos nós próprios igualmente animais...apenas mais uma espécie neste vasto planeta e ainda mais vasto universo. Para além de que os touros poderiam perfeitamente ser conservados na natureza em reservas naturais.

2) Existe também a eterna questão de a tourada ser uma forma de arte...uma dança entre o Homem e Touro. Um confronto entre David e Golias. Entre a força física e a força intelectual. Onde invariavelmente o Homem mostra o seu poderio e superioridade perante uma besta que impõe respeito. O desafiar da morte. A honra. A coragem...Pois bem, comecemos pelo início. Arte? Muito sinceramente, não vejo como cravar repetidamente um objecto afiado na espinha dorsal de um animal, provocando-lhe um imenso sofrimento físico possa alguma vez ser considerado uma forma de arte. A arte é suposto ser uma criação, que pode ser de várias naturezas, que prima pelo seu conteúdo estético. A tourada é tão estética quanto ver um assassino em série a torturar e a matar as suas vítimas. Claro que me poderão dizer que existe beleza na violência, não digo o contrário...agora façam um favor e não tentem racionalizar argumentos para justificarem isso...se alguém por exemplo, aprecia donas de casa a serem espancadas pelos maridos, é bom que não tente justificar esse fetiche com argumentos supostamente lógicos para poder suportar essa prática. É o caso das touradas. O ser humano sente invariavelmente um certo fascínio pela violência e destruição, e pessoalmente julgo que o apreciar da tourada não é nada mais que isso, que o fascínio irracional pelo sangue, pela morte, pela destruição. E isso justifica a existência das touradas, tal qual como existem? Não. Da mesma forma que o facto de uma pessoa se deleitar a ver uma dona de casa a ser espancada pelo marido, não justifica o acto do marido e muito menos torna esse fascínio aceitável ou mais correcto. Adiante...toda a questão da luta entre Homem e Touro. Essa luta supostamente renhida...não passa de uma grande ilusão, porque na verdade é invariavelmente o Homem que tem a melhor das hipóteses de vitória. É na verdade uma luta incrivelmente injusta. Não só para o touro, como também por exemplo para os cavalos envolvidos. O sofrimento destes animais é atroz. A batota começa a partir do momento em que cortam as pontas dos cornos ao touro, o que lhes reduz em boa medida e sua capacidade de orientação. Para além de que a as mazelas físicas não começam na arena, este é por vezes espicaçado nos currais para obviamente ficar mas fragilizado. Para além de que o barulho que este encontra na arena é extremamente perturbador e desorientador para o touro, estando provado que este fica muito baralho e com pior coordenação devido a esse factor. O cavaleiro está obviamente em posição de superioridade, em cima do seu cavalo a uma altura bastante superior à do touro. Claro que assim quem acaba por levar cornadas é o cavalo (que também sofre igualmente durante o espectáculo, não só com as cornadas do touro, mas também porque é espicaçado com as esporas do cavaleiro, para além do medo imenso que este visivelmente sente durante a corrida). Assim, salvaguarda-se o mui nobre e bravo cavaleiro... Com todos estes factores, claro que a luta se torna muito mais fácil. E claro, depois de vários minutos a correr às voltas pela arena e com várias farpas enterradas na sua coluna, o touro encontra-se muito mais fragilizado e obviamente...pronto para uma famosa pega. Para termos a noção do quão desigual é realmente esta luta basta apenas pensarmos na quantidade de touros que já morreram na arena, por comparação com a quantidade de homens... Ainda gostaria de ver, se muitos homens que se dizem de barba rija do mundo tauromáquico estariam dispostos a pegar um touro num estado perfeitamente sadio, vitalizado e em pontas... Aposto que muitos teriam de engolir em seco toda a sua masculinidade hipócrita... Por último, a questão da honra e da coragem...julgo sinceramente que os valores envolvidos nas práticas tauromáquicas pouco têm a ver com sentimentos de tal elevada ordem. Acho que estão sobretudos ligados à irracionalidade, à busca de adrenalina, ao fascínio pela violência, como já referi, ao preenchimento do ego (isto em alguns homens) através da adopção da postura macho-alfa/macho latino, ao desejo interior (da parte de algumas mulheres) por esse tipo de estereótipo masculino (o verdadeiro macho dominante, portanto...). Ou seja, está relacionado com muitos tipos de emoções e sentimentos, mas não com coragem, honra e muito menos com respeito (como muitos aficionados gostam de afirmar).

3) Finalmente...escusado será dizer que todo este processo é uma autêntica tortura. E por isso não faz qualquer tipo de sentido. Numa sociedade por vezes ainda "pequenina", onde as pessoas ficam chocadas quando alguém leva sapatos vermelhos rubi para um funeral, é no mínimo estranho que aceitem as touradas como algo de perfeitamente normal e até salutar. Mas continuando o meu raciocínio...o sofrimento (na corrida portuguesa) não acaba na arena. Os touros ficam por vezes dias a agonizar no seu sofrimento, até irem para o matadouro. Mas claro, o pior nem sequer é isso...há talvez um pequeno pormenor que as pessoas muitas vezes não se lembram...da mesma forma que as farpas foram cravadas no touro, também da mesma forma terão de ser retiradas...portanto...tentem imaginar que alguém vos espeta um arpão, imaginemos na barriga e agora imaginem que a mesma pessoa tira o arpão...como acham que será a sensação...? Bem...aparentemente nunca ninguém se lembrou de fazer esta pergunta aos touros, por isso presume-se que não será uma dor muito pronunciada... Para isso, seria preferível matar o touro na arena, onde pelo menos haveria um fim mais rápido para o seu sofrimento. O mais interessante é que aparentemente em Portugal muitas pessoas ainda acham que matar o touro na arena algo de relativamente chocante...pois...já dizia o ditado...longe da vista, longe do coração...assim pode-se sempre sair da praça airosamente em paz consigo próprio sem sequer pensar no destino do pobre touro.

Soluções? Bem...a verdade é que a tradição da tourada é uma prática incrivelmente intrincada na nossa sociedade...e é apenas com o passar das gerações e com a consciencialização das pessoas (que eu penso que acontece cada vez mais, felizmente) que as touradas possam um dia acabar. Entretanto, o importante é tentar salvaguardar o mais possível o bem-estar e direitos dos animais envolvidos neste espectáculo, a meu ver, lamentável. Uma possível medida que poderia ser tomada seria a adopção, como já foi feito em determinados países, de farpas que não perfurassem a pele do touro, ou então de algum tipo de protecção lombar no touro que não permitisse que a farpa o atingisse. Para além deste tipo de medidas é necessário apostar sempre tal como já referi anteriormente na consciencialização e sobretudo recordar às pessoas que ser-se humano significa apenas fazer parte de mais uma espécie entre as várias existentes à face deste planeta.

Peço desculpa pelo tamanho descomunal deste post...mas penso que apesar de tudo, vale a pena o esforço de se ler. Fico a aguardar opiniões, críticas, sugestões, ou até mais questões relativamente a este assunto, caso queiram pronunciar-se. Passo então a batata quente para as suas mãos Sr. Borges...o que tem a dizer sobre isto?

Over and Out.